Quantas pessoas estão presas no trabalho forçado?

A OIT estima que 20,9 milhões de pessoas são vítimas de trabalho forçado em todo o mundo. Isso representa cerca de três em cada 1.000 pessoas da população mundial atual. Destas, 90% são exploradas por pessoas físicas e jurídicas na economia privada, enquanto 10% são forçadas a trabalhar pelo Estado, por grupos militares rebeldes ou em prisões, em condições que violam as normas fundamentais da OIT. A exploração sexual forçada afeta 22% de todas as vítimas, enquanto a exploração laboral atinge 68%.

A estimativa da OIT mostra como o fenômeno afeta diferentes grupos de pessoas: 55% de todas as vítimas são mulheres e meninas, enquanto 45% são homens e meninos. As crianças constituem cerca de um quarto de todas as vítimas.

A OIT estimou ainda quantas pessoas estão presas em trabalhos forçados como resultado da migração interna ou transfronteiriça: 29% de todas as vítimas foram submetidas a trabalhos forçados após cruzarem fronteiras internacionais, sendo que a maioria foi obrigada a se prostituir; 15% se tornaram vítimas de trabalho forçado após a migração dentro de seu país, ao passo que os 56% restantes não deixaram seu local de origem ou de residência.

A duração média de tempo vivido em trabalho forçado varia, dependendo da forma e região. A OIT estima que as vítimas são exploradas em média por quase 18 meses em condições de trabalho forçado, antes de serem resgatadas ou escaparem de seus exploradores.