Promoção do emprego digno, produtividade e proteção social são destaque no discurso de posse do novo ministro do Trabalho e Emprego
Luiz Marinho ressaltou ainda apoio à regulamentação da Convenção da OIT sobre direito de sindicalização e relações de trabalho na administração pública.

O diretor do Escritório da OIT para o Brasil, Vinícius Pinheiro, participou da solenidade de transmissão de cargo ao ministro Marinho, realizada na terça-feira (3), em Brasília.
O Ministro elencou diversos desafios prementes para a sociedade brasileira, resultado de mudanças em curso no mundo do trabalho e que foram aceleradas nos últimos anos pela pandemia, entre os quais: a promoção do diálogo social tripartite e negociação coletiva; regulação da intermediação do trabalho via plataformas digitais; o apoio à inovação, produtividade, e ao fomento das pequenas e média empresas; a promoção da segurança e saúde do trabalhador; da igualdade de gênero e raça e do emprego juvenil.
O ministro Marinho destacou ainda que o Ministério “fará todas as gestões perante o Congresso Nacional para acelerar o processo de regulamentação da Convenção 151 da OIT, que garante e viabiliza o direito de negociação coletiva para todos os servidores públicos dos munícipios, estados e da União”.

Entre 1995 e 2020, mais de 55 mil pessoas foram libertadas de condições de trabalho análogas à escravidão no Brasil, segundo o Radar da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT). Já de acordo com a PNAD do IBGE, em 2019, o Brasil tinha 38,3 milhões de pessoas entre 5 a 17 anos de idade, das quais 1,8 milhão estavam em situação de trabalho infantil (4,6%). Desse total, 706 mil estavam ocupadas nas piores formas de trabalho infantil (Lista TIP).
“O escritório da OIT no Brasil tem ampla experiência e trabalho no combate ao trabalho infantil, forçado e ao tráfico de pessoas e nos últimos anos, tem promovido a troca de experiências do Brasil com outros países da América Latina e da África, com o objetivo de promover o trabalho decente e de beneficiar mutuamente o Brasil e estes países.” disse Pinheiro.