Emprego Juvenil

A necessidade de políticas públicas com um foco específico sobre os jovens e suas oportunidades no mercado de trabalho tem chamado cada vez mais a atenção dos governos em todo o mundo.  Os dados mostram que existe uma crise de emprego juvenil, tanto em termos de quantidade como de qualidade.

Em 2012, durante a 101ª Sessão da Conferência Internacional do Trabalho, a OIT alertou que o mundo corre o risco de perder uma geração inteira se a crise de emprego juvenil não for enfrentada com urgência. A Conferência aprovou o documento “A Crise do Emprego Jovem: Um Apelo à Ação”, que recomenda uma série de medidas, como enfrentar o desajuste entre a oferta e a demanda de qualificação para os jovens, melhorar os sistemas de aprendizagem e promover a capacidade empresarial dos jovens. Além disso, a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável da ONU inclui metas relacionadas à juventude, incluindo a promoção de emprego pleno e produtivo e trabalho decente para jovens e a redução da proporção de jovens sem emprego, educação ou formação.

A OIT promove o trabalho decente para a juventude através do desenvolvimento e da disseminação de conhecimento, assessoria técnica e serviços de capacitação, propondo uma reflexão que vai além da criação de oportunidades de empregos de qualidade, abrangendo também as possibilidades de transição no mercado de trabalho.

Fatos e números no mundo

  • Em 2017, quase 70,9 milhões de jovens estavam desempregados no mundo, o que equivale a uma taxa de desemprego juvenil global de 13,1%.
  • Jovens têm três vezes mais chances de estarem desempregados do que adultos.
  • Mesmo quando jovens conseguem encontrar trabalho, a qualidade do emprego permanece sendo uma questão. Três de cada quatro jovens no mundo trabalham em empregos informais.
  • Em países emergentes e em desenvolvimento, 16,7% dos jovens trabalhadores vivem com rendas inferiores à linha da extrema pobreza (US$ 1,90 por dia).
  • Globalmente, estima-se que 21,8% dos jovens não está estudando ou trabalhando. Desses, 76,9% são mulheres.
  • Entre 2017 e 2030, a força de trabalho global juvenil irá aumentar em 25,6 milhões; estes jovens trabalhadores irão precisar de empregos.
Fonte: Tendências Globais de Emprego para a Juventude 2017

Fatos e números do Brasil

  • Cerca de 23% da população brasileira é formada por jovens, dos quais 52,5% estão ocupados.
  • Cerca de 36% dos jovens brasileiros frequentam a escola. Destes, 71% só estudam e 14% estudam e trabalham.
  • Cerca de 52% dos jovens estão ocupados. Quase um terço deles recebe até um salário mínimo.
  • Cerca de 22% dos jovens não está estudando nem trabalhando, sendo que os mais afetados são as mulheres e os negros ou pardos.
  • As jovens mulheres que não estão estudando nem trabalhando dedicam, em média, mais de 26 horas por semana ao trabalho doméstico, enquanto que entre os jovens homens essa carga é de menos de 11 horas.
Fonte: Síntese de Indicadores Sociais 2016 – IBGE